Tal como a anterior dedicada a Joaquim Machado de Castro, a nova exposição temporária do MNAA, “Arquitetura Imaginária”, é mais um exemplo de como um bom tema e um rico e bem mostrado conjunto de peças é prejudicado por um discurso pomposo, balofo e académico, sem qualquer preocupação interpretativa ou respeito pelo visitante. É lamentável que o maior museu de Portugal se mostre nestas exposições (outras há que, felizmente, não sofrem do mesmo mal) refém do academismo de vistas curtas de doutorandos e doutorados das artes e das letras, que misturam erudição com verborreia (aqui somada à ainda mais insuportável verborreia arquitectónica…), serviço público com vaidade. Mais uma oportunidade perdida.
Comments are closed.